martes, 7 de diciembre de 2010

DESEMPLEO-FACTOR-ATENTA-DESARROLLO

DESEMPLEO-FACTOR-ATENTA-DESARROLLO

Segundo a OIT, a atual crise de desemprego está gerando vários problemas no desenvolvimento dos países. O próprio organismo reconheceu que os jovens são uns dos grupos mais afetados e com os quais há do que tomar medidas para minorar seus efeitos.



Como um perigo para o lucro dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, traçados em 2000 pela ONU e que procuram entre outras coisas erradicar a pobreza extrema em 2015, foi qualificada a atual situação econômica mundial e o alto índice de desemprego que se registra como conseqüência da crise financeira de 2008

. Para Andrés Yurén, especialista principal em atividades com empregadores da Organização Internacional do Trabalho (OIT), esta crise de emprego além de prejudicar ou atrasar o lucro das metas impostas pelo organismo internacional, gerou outros problemas como o debilitamento da classe média e uma erosão na unidade social e na confiança da gente em suas autoridades, o que poderia arcar novos conflitos.

Yurén fez estes anúncios durante sua participação no seminário “Os empregos de manhã para os jovens de hoje: Tendências atuais do emprego em Chile”, que se realizou o 23 de novembro recém passado em dependências da CEPAL em Santiago e que foi organizado pela Associação Gremial de Empresas de Administração e Externalización de Recursos Humanos (AGEST) e patrocinado pela OIT e pela Confederação da Produção e o Comércio (CPC)

Em dita oportunidade, o especialista agregou que experiências anteriores fazem prever que a melhora no número de pessoas com trabalho será mais lenta do que a recuperação econômica, situação que poderia persistir no tempo se não se tomam medidas para levar da mão a reativação econômica com a geração de empregos.

Um dado, com o que o próprio personero da OIT graficó a necessidade de criar políticas adequadas para enfrentar este problema, é que ano a ano 45 milhões de pessoas se incorporam ao mercado trabalhista no mundo, em sua grande maioria jovens. Se se toma em conta esta cifra, desde o 2010 ao 2015 será necessário criar 300 milhões de novos empregos para absorver o ritmo de crescimento da força trabalhista mundial.

Medidas a considerar

Como parte das iniciativas adotadas pela OIT para enfrentar este contexto o ano passado o organismo publicou um documento denominado “Para recuperar-se da crise: um pacto mundial para o emprego”, o qual procura dar resposta ao aumento, sem precedentes do desemprego, o subempleo e o trabalho informal. Ademais propõe algumas medidas para enfrentar da melhor forma este período de incerteza.

Entre os conselhos da Organização Internacional do Trabalho estão o esforçar-se por manter aos empregados em seus postos e respaldar às empresas, em especial às pymes, apoiar a criação de empregos e facilitar a reinserção dos desempregados e conter a deflação dos salários.

Yurén também apontou a melhorar a proteção social dos trabalhadores, em particular daqueles mais vulneráveis, ampliar as possibilidades de ocupação através de uma diversificação da economia e capacitar aos trabalhadores para que tenham as concorrências necessárias para enfrentar este momento.

A situação dos jovens

Com respeito à situação dos jovens, o especialista da OIT, reconheceu que existe a necessidade de proporcionar formação profissional e técnica entre este segmento da população, bem como o desenvolver concorrências empresariais para a criação de projetos próprios, especialmente nesse grupo de pessoas entre os 19 e 25 anos que estão sem trabalho.

Outro fator que Yurén deu a conhecer para minorar o impacto desta crise entre os jovens e outros grupos vulneráveis, é o estabelecer princípios que promovam a recuperação e o desenvolvimento destes segmentos por meio de políticas claras e fortes no econômico e meio ambiental e na criação de uma senda de desenvolvimento sustentável.

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