Conlutas - Coordenação Nacional de Lutas
Além de denunciarem o governo, trabalhadores denunciaram o papel de sua central sindical, a COB, que se tornou apoiadora de Moralez
Depois de cinco anos com expectativa no governo da Bolívia, Evo Morales, a combativa e histórica classe trabalhadora daquele país vai à luta. Os trabalhadores estão protagonizando mobilizações radicalizadas contra as políticas do governo, que entre outros pontos, propuseram um miserável aumento salarial de 5% num país onde o salário mínimo é em torno de cem dólares por mês (600 pesos bolivianos) e cerca de 31% dos trabalhadores ganham menos de um salário mínimo. Isso, enquanto deputados e senadores recebem por três semanas de trabalho 15 mil pesos bolivianos.
Os trabalhadores começaram a perceber que a política populista de Evo Morales é uma farsa. As riquezas naturais da Bolívia continuam nas mãos de grandes empresas transnacionais como a Petrobras que controla 60% do gás local e empresas estrangeiras controlam 70% do minério boliviano, enquanto os trabalhadores vivem na miséria.
Sem o apoio da COB (Central Obrera Boliviana), que se tornou um braço direito do governo, no último dia 27, cerca de 14 dirigentes fabris entraram em greve de fome na Oficina da Federação de Fábricas de La Paz. O objetivo era pressionar o governo por um aumento salarial del 12%. No dia 29, as mobilizações se expandiram pelas ruas de La Paz exigindo a renúncia da ministra do Trabalho Carmem Trujillo. Além disso, os trabalhadores também denunciaram o dirigente da COB por trair os interesses da classe.
Essas mobilizações culminaram em um 1º de Maio de luta não visto há pelo menos em cinco anos na Bolívia e uma Greve Geral na última terça-feira (4).
Segue noticia sobre a paralisação (...)
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